Hoje vi-te...

Hoje vi-te...
Na ternura do espelho
Sorriste-me com aquele sorriso meigo
Que ainda predomina em ti
Com a alegria da paixão pela vida
Como se o Mundo amanha terminasse!


Hoje vi-te...
E quis voltar atras
Nos anos, no olhar
Voltar a ser o antes
Esquecer-me por um minuto que fosse
E voltar a ser a menina traquina
Que corria ao sabor do vento
Atrás de uma simples borboleta
Para lhe sentir as cores

Ah... Como era bom
Os anos não passarem assim
E toda a paz que sentias
Eu pudesse hoje, senti-la também
Toda a inocência perdida
Na ignorância do saber
Voltar a este tempo
Toda a pureza do mundo
Perdurar ate agora

O espelho Era eu..
sou eu...
serei eu..
A menina...
A saudade de um tempo passado
Reflexo de uma saudade
De outrora...

Como é bom ler e reler este poema, desconheço o autor, mas sempre que o leio consigo ver-me nele, faz-me lembrar a minha infância passada na Ajuda com a minha avó, onde todos os dias da Primavera e de Verão, íamos até aos jardins de Belém, onde o caminho até lá era feito de risos, de pequenas corridas, de pequenas escondidas, onde passávamos por uma flores lilases e tinha que colher sempre uma para a minha avó, que coitada já não tinha onde por tantas flores, mas que as aceitava sempre com muito carinho... depois tínhamos duas opções ou íamos mesmo para os jardins de Belém, onde corríamos atras das borboletas e jogávamos á bola, ou corríamos á volta da fonte, passeávamos ou simplesmente nos sentávamos a ouvir historias, se não fossemos para esse jardim íamos para o jardim tropical... um jardim cheio de magia, onde todas as árvores eram enormes, onde dava-mos comida aos peixes e aos patos e até apanhávamos moraguitos que cresciam na relva, assim como bolotas, onde havia grutas e esconderijos...fazíamos questão de percorrer todos os recantos daquele jardim entrando num mundo de fantasia sempre prontos a descobrir algo novo, como era bom aquele tempo, que saudades da minha infância...

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